Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O anel de noivado

Um rapaz entrou com passo firme numa joalharia e pediu que lhe mostrassem o melhor anel de noivado que tinham. O joalheiro indicou-lhe um. O rapaz contemplou o anel e, com um sorriso, aprovou-o. Perguntou o preço e dispôs-se a pagá-lo.
- Vai casar já?- perguntou o joalheiro.
- Não. Nem sequer tenho noiva- respondeu o rapaz.
A surpresa do joalheiro divertiu o rapaz.


-"É para a minha mãe. Quando eu estava para nascer esteve sozinha. Alguém a aconselhou a abortar-me antes que eu nascesse para evitar todos os problemas. Mas ela negou-se a fazê-lo e deu-me o dom da vida. E a verdade é que teve muitos problemas, mesmo muitos. Foi pai e mãe para mim, e foi amiga e irmã, e foi professora. Fez-me o que hoje sou. Agora, que posso, compro-lhe este anel de noivado. Ela nunca teve um. Eu dou-lhe um como promessa de que, se ela fez isso tudo por mim, agora eu farei tudo por ela. Talvez mais tarde eu venha a entregar outro anel de noivado à mulher com quem me queira casar, mas esse será o segundo".O joalheiro não disse nada. Só ordenou ao caixa que fizesse ao rapaz aquele desconto que só se fazia aos clientes especiais.

(www.interrogantes.net)



Este texto evoca-nos a força de muitas mulheres. Mas há-de obrigar-nos a pensar também nas mulheres que, por diferentes razões (viuvez, divórcio, mães solteiras, etc.) enfrentam sozinhas a manutenção e a educação de uma família. Não precisarão de algum tipo de apoio particular: Que necessidades terão ? É possivel a comunidade cristã ajudá-las nalgumas dessas necessidades ? Como ?
Na vida da igreja será que há descriminação da mulher ?
E na vida da sociedade ?


ler na biblia 1ª carta aos coríntios (1 Cor. 11,3-16).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A piscina e a cruz

Um de meus amigos ia todas as quintas-feiras à noite a uma piscina coberta.

Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o costume de correr até à água e molhar só o dedo grande do pé.

Depois subia o tranpolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Não era de estranhar, pois, que o meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar o dedo grande antes de saltar para a água. Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu: "Sim, eu tenho um motivo para fazer isso". Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens. Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de tranpolim.


Certa noite como não conseguia dormir fui até à piscina para nadar um pouco; sendo o professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube. "Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi a minha sombra na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem".

O professor de natação continuou: "Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era cristão, mas quando criança, aprendi um cântico cujas palavras me vieram à mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue.

"Não sei quanto tempo fique parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo porque não saltei para a àgua. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso...na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido!".

"Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado, seria o meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus- que por me amar permitiu que eu continuasse vivo; que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas também a minha alma precisava de ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Ele salvou-me quando confessei os meus pecados e me entreguei a Ele".

"Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedo grande do pé antes de saltar para a água".


"Há duas formas para viver a sua vida :

Uma é acreditar que não existem milagres.

A outra é acreditar que todas as coisas podem ser um milagre.


Albert Einstein

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Poesia de Amor

Uma rapariga americana escreveu um dos mais belos poemas de amor dos ultimos tempos. Chamou-lhe "O que não fizeste".

Recordas-te do dia em que te pedi emprestado o carro novo e o deixei feito num acórdeão ?
Pensei que me matarias,...mas não me disseste uma palavra.
Recordas-te do dia em que te fiz sair de casa quase de rastos atrás de mim para irmos à praia e tu dizias que ia chover, e choveu ?
Pensei que ias dizer: " Tinha-te dito",...mas não disseste.
Recordas-te da altura em que eu andei com outros rapazes para te fazer ciumes e tu ficaste ciúmento?


Pensei que ias deixar-me, ...mas não o fizeste.
Recordas-te quando me caiu a tarte de morangos no tapete novo da tua sala?
Tive medo de que me gritasses: "Idiota! Inutil!....mas não o fizeste.
E recordas-te que a festa era em traje de gala e tu apareceste de ganga?
Tive medo que ficasses amuado comigo,...mas não ficaste.
Sim, há tantas coisas que não fizeste.
Mas tinhas paciência comigo, e querias-me e estavas sempre do meu lado.
Havia tantas coisas das quais queria pedir-te perdão quando voltasses do Vietnam.
Mas tu não voltaste.
(Bruno Ferrero)
Todos nós temos a nossa história pessoal, única irrepetível no entanto somos submetidos na vida a experiências diferentes. Uma dessas experiências é a dificuldade em perdoar e também em pedir perdão.
Entre a ofensa e o perdão ergue-se um muro muito alto. Mesmo aqueles que mais nos amam, e que nós mais amamos a todos ofendemos...como diz o "poema de amor" daquela jovem americana; se nos ofendem, sentimos que nos é devido um mar de reparações.
Ofendemos, mas marcados pelo orgulho, recusamo-nos a dar o primeiro passo para a reconciliação.
Depois de ler o poema e refletir um pouco no seu conteudo faço esta pergunta :
Andamos de mal com alguém ? Se sim, sentimo-nos bem com isso?; Será que podemos dar algum passo para fazer a reconciliação?
Nas relações conflituosas com os nossos amigos ou parentes, qual a força que mais nos domina: o orgulho ou a humildade?

sábado, 10 de setembro de 2011

Vamos salvar-nos juntos

Um dia de verão, numa mata muito visitada, deflagrou um incêndio. Todos fugiram espavoridos e assustados. Todos, não. Ficou um cego e um coxo. Apanhado pelo medo e dando trambolhões, o cego encaminhava-se precisamente para a frente do fogo.
- Nessa direção não ! Gritou-lhe o coxo.
-Vais mesmo parar no meio das chamas !
-Em que direção, então devo ir ?-perguntou o cego, cheio de angústia.
- Eu posso indicar-te o caminho !- respondeu o coxo-mas sou coxo e não posso correr. Se tu me levares às costas, podemos fugir juntos muito mais depressa e encontrar um lugar seguro.
O cego aceitou o conselho do coxo e salvaram-se juntos.
(Bonifácio Fernandez Garcia)

Seremos capazes de olhar para dentro de nós e ver que também podemos ser coxos ou cegos nalguma coisa ?
Sabemos que há pessoas que não têm muito jeito para falar em público, outras que são péssimos cozinheiros, outros não tem a capacidade de perceber que estão a ser enganadas, outros tem dificuldade em dialogar, uns não percebem nada de carros e outros nem sequer conseguem fazer um nó a uma gravata. Também é verdade que se somos coxos na cozinha podemos ser bons na condução, não temos visão para isto ...mas temos pernas para aquilo.
Na Igreja acontece um pouco assim: uns tem mais geito para as leituras, outros para enfeitar as jarras ou decorar os altares ...uns tem jeito para a catequese, outros para tomar conta do dinheiro. Ninguém é capaz de fazer tudo sózinho na Igreja...Todos somos coxos ou cegos nalguma coisa...Na Igreja, como na vida, se nos queremos salvar a nós próprios o caminho é só um...salvar-nos todos juntos...porque vamos no mesmo barco . Temos de por as nossas qualidades e os nossos talentos ao serviço do bem comum. Cada um tem de dar o que de melhor tem de si para também obtermos o bem que os outros põem ao nosso serviço.
Olhando para nós, que qualidades é que sentimos que temos e que devemos por a render antes de quaisquer outras ?
Será que as nossas qualidades estaõ bem aproveitadas ? Será que já começamos a por os nossos talentos a render na nossa comunidade ?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Solidão

Como sabemos tem vindo a público o drama daqueles idosos que vão morrendo sozinhos em casa sem ter alguem a quem pedir ajuda. Mais do que nunca as pessoas amontam-se comprimem-se nos prédios, nos andares, vão olhando todos os dias umas para as outras, andam no mesmo elevador, mas não se conhecem. A solidão toma cada vez mais conta da cidade.

A LINHA VERMELHA

Fui tirar-lhe a linha vermelha que tinha em cima do ombro, como uma minhoca. Sorriu e estendeu-me a mão para apanhar a minha. " Muito obrigado", disse-me, "é muito amável, donde é que você é ?"

E começamos uma conversa despreocupada, cheia de variedade e relatos exóticos, porque os dois tinhamos viajado e sofrido muito. Despedi-me passado um bocado, prometendo cumprimentá-lo da próxima vez que o visse, e se desse tomávamos um café enquanto continuávamos a conversa.

Não sei o que me levou a voltar a cabeça para trás, alguns passos adiante. Estava a colocar outra vez, cuidadosamente, o fio vermelho em cima do ombro, sem dúvida para tentar apanhar outra vítima que lhe enchesse durante alguns minutos o imenso poço da sua solidão.
Pensei que deveria penetrar no mistério de tantas pessoas que talvez não nos procurem como o senhor da linha, mas que precisam de nós. (http://www.interrogantes.net/)

O SENHOR DO ADEUS

João Manuel Serra, " O senhor do adeus " como era conhecido viveu o drama da solidão depois de perder a sua mãe.

Para combater este drama de ter que viver sozinho ia todas as noites para rua acenar aos carros e às pessoas que se cruzavam com ele. Foram muitos anos passados na zona do Saldanha a dizer adeus incansavelmente, sempre com um sorriso estampado na cara e impecavelmente vestido.


"Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente"(disse ao Expresso ). " Desde que fiquei nas mãos de não ter ninguém.... estou aqui; a vida dá muitas voltas, o meu destino é acenar a quem me comprimenta. Estou sujeito a que me chamem maluco, mas não me importo. Da minha solidão sei eu" acrescentou. Morreu o ano passado com 79 anos de idade.

Como estes dois casos, hoje são milhares as pessoas que vivem o drama da solidão. Não têm absolutamente ninguém.

Ninguém se interessa por elas, que se incline para a sua humanidade e lhes dê uma parte do coração. Bem sabemos que não há maior tristeza que a de um coração incompreendido. Bem sabemos que para algumas pessoas a vida é uma dor insuportável.

Será que ainda somos capazes de penetrar no seu sofrimento, na sua solidão, estender-lhes a mão e dar-lhes uma palavra afetuosa ?

As pessoas cada vez mais vão ficando sozinhas. Quem pode ser amigo ou amiga destas pessoas ? Quem pode oferecer protecção num mundo em crise onde tudo vacila ?

Se quero amar deveras, devo dedicar-me, com solicitude profunda e autêntica, às pessoas, a todas as pessoas que me rodeiam.