Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O quarto Rei Mago

O quarto Rei Mago

É comum vermos quadros com os três sábios do Oriente que foram a Belém visitar o Menino Jesus, presenteando-o com ouro, incenso e mirra. Normalmente, os magos costumam ser representados como reis, embora não conste nos evangelhos que realmente o fossem, e estão diante do Menino que se encontra no colo de Maria. Há muitas lendas a respeito desses sábios. Transcrevo aqui, uma delas de origem dinamarquesa.
Gaspar, Melchior e Baltasar – nomes que a tradição popular dá aos três personagens – colocaram seus presentes diante do Menino e de sua Mãe. Maria sentiu-se honrada, mas Jesus não quis sorrir: não se sentiu atraído pelo ouro luzente; a fumaça do incenso o fez tossir, e desviou o olhar da mirra.
Os três reis magos levantaram-se e partiram. Logo que seus camelos desapareceram entre as colinas, chegou o quarto rei. Vinha de um país banhado pelo Golfo Pérsico. Também vira a estrela iluminando o céu. Escolheu, então, um presente raro: três grandes pérolas. Saiu decidido a procurar o lugar sobre o qual brilhava a estrela.
Encontrou-o, mas chegou tarde... Os outros magos já haviam partido. Chegou atrasado e de mãos vazias.
Esse quarto rei entrou cuidadosamente na gruta onde estavam o Menino Jesus, Maria e José. Anoitecia e o local estava mergulhado na escuridão. Um fraco odor de incenso mantinha-se no recinto, como uma igreja após uma Missa festiva. José ajeitava a palha na manjedoura e o Menino Jesus estava no colo da mãe. Ela o embalava docemente e sussurrava uma das canções de ninar que ainda hoje se ouvem nas casas de Belém.
O rei da Pérsia aproximou-se lentamente, hesitante, temeroso... Lançou-se aos pés do Menino Jesus e começou a dizer-lhe : "Senhor, eu devia ter vindo com os outros reis que vos trouxeram seus dons. Eu também trazia um presente para vos oferecer: três pérolas preciosas, grandes como ovos de pássaro; três pérolas do Mar Pérsico. Não já não as tenho Senhor. Acontece que, na primeira noite, parei num albergue, para ali passar a noite. Quando entrei, vi um velho tremendo, com febre, estendido no chão, junto ao fogo. Ninguém o conhecia. Sua mala estava vazia. Não tinha dinheiro para procurar um médico ou para comprar remédios. Seria mandado embora dali no dia seguinte. Pobrezinho! Era um senhor muito velho, magro, com uma barba grande... lembrava-me meu pai. Então, peguei uma pérola e a dei ao dono do albergue para que cuidasse daquele senhor.
Na manhã seguinte, parti. Apressei-me quanto pude para alcançar os outros magos. A estrada cortava um extenso deserto, onde enormes rochas se erguiam diante de mim. De repente, ouvi gritos. Saltei de meu camelo e vi soldados que haviam prendido uma jovem. Eram numerosos; não adiantaria querer lutar contra eles, para libertá-la. Perdoe-me, Senhor, mas com a segunda pérola consegui a liberdade da moça. Ela beijou-me as mãos e, muito rápida, fugiu em direção das montanhas.
Sobrara-me apenas uma pérola. Eu queria trazer-lhe ao menos aquela. Já era mais de meio-dia e eu esperava chegar aqui à tarde. Mas vi uma vila incendiada pelos soldados de Herodes, que executavam a ordem de matar todas as crianças com menos de dois anos de idade. Perto de uma casa em chamas, um soldado balançava um menino nu, segurando-o por uma perna. A criança gritava e se debatia. O soldado dizia: "Agora o mandarei para as chamas". A mãe gritava desesperada.
Senhor, perdoe-me... Peguei a última pérola e a dei ao soldado, para que ele devolvesse o filho à mãe. Ele aceitou minha proposta. A mãe agarrou o menino, apertou-o contra o peito e fugiu correndo, sem mesmo se despedir de mim. Senhor, eis porque minhas mãos estão vazias. Perdoe-me!"
Fez-se um silêncio na gruta. O rei inclinou-se e depois ousou erguer os olhos. José tinha-se aproximado com uma xícara de chá. Maria olhava o filho que estava no seu colo. Será que o Menino dormia? Não! Jesus não dormia. Lentamente virou-se para o visitante. Seu rosto resplandecia. Estendeu as mãozinhas na direção do quarto mago do Oriente e sorriu.
Boas Festas e um Feliz Ano Novo



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A ilha dos sentimentos

A ilha dos sentimentos

Era uma vez uma Ilha onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria o Amor e outros...Um dia avisaram os moradores da Ilha de que ela seria inundada! Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem. Então ele disse: fujam!!! A Ilha vai ser inundada! Todos correram e subiram para os barquinhos para irem até um morro bem alto. Só o Amor não se apressou...amava tanto a Ilha que quis ficar um pouco mais...
Quando já se estava a afogar, correu para pedir ajuda...Vinha vindo a Riqueza e ele disse: Riqueza levas-me contigo? – Não posso, meu barco está cheio de prata e ouro...tu não cabes aqui...Passou a Vaidade e o Amor pediu: Vaidade, levas-me contigo? – Não posso, tu vais-me sujar o meu barco novo...Em seguida passou a Tristeza e mais uma vez o Amor pediu: Leva-me contigo! – Ah! Amor! Eu estou tão triste que prefiro ir sozinha...Passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem viu o Amor...! Já desesperado e achando que iria ficar só, o amor começou a chorar...

Por último passou um velhinho e, olhando, falou: Sobe Amor...eu levo-te! O Amor ficou tão feliz que esqueceu de perguntar o nome do velhinho!!!Por fim, chegando no morro alto, o Amor encontrou a Sabedoria e perguntou-lhe: Quem era aquele velhinho que me trouxe até aqui? – O Tempo! Respondeu a Sabedoria.-O Tempo? Mas por que só o tempo me trouxe até aqui? A Sabedoria respondeu: Só o Tempo é capaz de reconhecer um grande Amor...!


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

As 4 estações

As quatro estações

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.
O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.
Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela estava recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…
O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…
Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos no fim, quando todas as estações estiverem completas.
Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza do Verão, a expectativa do Outono.

Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.
(autor desconhecido)