Deus criou o homem porque adora histórias. (E.Wiesel)
Espalhe amor por onde quer que vá : Primeiro que tudo na sua própria casa. Dê amor aos seus filhos, à sua esposa ou ao seu marido, ao vizinho do lado... Não deixe que alguém saia junto de si sem ir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus ; bondade no seu rosto, bondade nos seus olhos, bondade no sorriso, bondade na sua saudação calorosa.
(Madre Tereza)


domingo, 13 de abril de 2014

O Farol Luminoso

Era uma vez um farol que vivia num alto de um rochedo junto ao mar. Estava triste porque não sabia para que servia. Queria saber qual era a sua tarefa ali em cima, mas não tinha ninguém que lho dissesse.
Por isso, todas as vezes que via um barco no horizonte, fazia-lhe rapidamente sinais de luz para que viesse vê-Io. Mas o barco afastava-se dele a toda a pressa.
Todos os dias e todas as noites acontecia o mesmo. Quando via um barco a aproximar-se, fazia-lhe sinais luminosos para que viesse fazer-lhe companhia e conversar um pouco.
Mas o barco saía disparado na direcção contrária.
O pobre farol estava cada vez mais triste e desanimado. Todos fugiam dele quando o viam. Pensava que não servia para nada e que estava a perder o tempo. Por isso, deixou de fazer sinais aos barcos, porque achou que era inútil.
Alguns dias depois, notou que um barco se aproximava dele. Não podia acreditar. Nunca tinha visto nenhum barco tão de perto. De repente, o barco ficou encalhado em cima de umas rochas próximas da costa. Escutou vozes e sirenes, e viu uns pequenos botes que saíam do barco para a praia.


O farol não entendia nada do que se estava a passar. Por isso, escutou atentamente o que diziam aqueles homens que estavam na praia. Como o vento soprava dali, conseguiu escutar com nitidez as suas palavras.
Diziam que, por causa do farol avariado, tinham encalhado naquelas rochas. Ninguém os tinha avisado do perigo.
Nesse momento, o farol compreendeu qual era a sua tarefa e por que é que os barcos nunca se aproximavam dele.
Sentiu-se tão feliz ao saber por que servia, que a sua luz voltou a acender- se e foi a mais brilhante de todos os mares. E todos os barcos viam ao longe a sua luz, que os livrava dos perigos.
 * * *
Esta história simples do farol pode também a nós, dar-nos um grande ensinamento. Às vezes, há muitas pessoas e até coisas importantes a que nem sempre damos a importância que elas tem. E é quando falham, quando desaparecem ou quando morrem que finalmente lhes damos o devido valor... só que, nessa altura, já é tarde.
Mais do que lamentar a perda... não será antes preferível reconher o valor das pessoas ou coisas enquanto estamos a tempo?
Pensemos nisto!
Bom domingo de Ramos

(histórias do padre Júlio grangeia)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Obrigado

Obrigado

Uma professora pediu aos alunos da primeira classe que desenhassem alguma coisa pela qual sentissem desejo de agradecer ao Senhor. Pensou que estas crianças iriam ter uma certa dificuldade em encontrar razões de louvor, pois eram de bairros muito pobres. Mas certamente que iriam encontrar razões para agradecimento.
A professora ficou admirada por ver o Rui a desenhar, de maneira infantil, uma simples mão.
Pegou no desenho e perguntou aos alunos o que representaria este desenho abstracto. Um deles disse:
-  Na minha opinião, é a mão de Deus que nos criou.



Um outro disse:
- Deve ser a mão de um camponês, que trabalha a terra e dá de comer aos animais.
Um  outro disse:
-Talvez seja a sua própria mão.
Quando terminou o diálogo, a professora aproximou-se do Rui e perguntou-lhe baixinho de quem era a mão. Ele murmurou:
- É a tua mão, professora!
Foi então que ela se recordou que todas as tardes pegava no Rui pela mão e o acompanhava até à saída. Fazia o mesmo com outras crianças, mas para o Rui significava muito..

* * * * 
Pois é, há tantas palavras que dizemos, tantos gestos que mostramos... que às vezes nem damos conta do mal que fazemos ou do bem que deixámos por fazer...
Quantas vezes, por outro lado, beneficiamos da ajuda dos outros, e com a desculpa que "nós somos assim" e de que ele já sabe, acabamos muitas vezes por não dizer uma palavra muito simples mas que pode fazer a diferença...
Por que não dizemos obrigado a quem é simpatico para connosco; a quem nos faz bem?
Custa alguma coisa?

(histórias do padre Júlio Grangeia)